A COBRA DE COQUERINHO
Os mais antigos dizem que, certa vez, em Coqueirinho as pessoas com pressa para iniciar os festejos profanos da festa de Nossa Senhora dos Navegantes anteciparam o início da missa, naquela mesma noite, no pavilhão de Coqueirinho, uma serpente adentrou o meio do salão e ficou dançando em pé como se tivesse hipnotizada. Os anciões entenderam que aquilo era sinal de mau agouro, por causa da antecipação da missa pelas pessoas. Desde então, o horário da missa tornou–se sagrado, e ninguém ousa mais antecipar.
num pássaro, cujo canto é esse: “haja pau, haja pau, haja pau haja pau...”.
HAJA PAU
Explicam os mais velhos que, certo dia, a mãe de um menino pediu para que ele fosse levar o almoço do pai até o roçado. No meio do caminho, por ter “olho grande” resolveu comer a comida que era destinada ao pai.Somente sobrou do almoço do pai alguns ossinhos, que o mesmo tampou dentro da panela e entregou ao pai. Quando o pai percebeu que na marmita só tinha osso, indagou ao filho o que significava aquilo. No entanto, o filho nada esclareceu e disse que aquilo era o que a mãe dele tinha mandado para o pai. O pai, possesso de raiva, voltou para casa e chegando lá, sem dar chance da mulher se explicar começou a surra–lá de tal modo que a mulher veio falecer.O filho mau, que tinha causado aquela situação, foi tomado de tristeza e, pelo remorso, fugiu para a mata; ninguém nunca mais teve notícia dele. Porém, alguns anciões e pessoas da mata afirmam que o menino se encantou e se transformou