sexta-feira, 19 de junho de 2009

UM SEDUTOR CHAMADO BOTO

UM SEDUTOR CHAMADO BOTO



Qual o Potiguara que não fica fascinado ao ver o Boto saltitar nas águas da maré ou do oceano aberto em uma noite de lua cheia? Qual o Potiguara que não se sentiu cortejado pelo Boto ao se banhar nas águas e de repente ele da o ar da graça ao saltitar ao seu redor? O fascínio que o boto desperta nos seres humanos é tão grande que chega a hipnotizar.
Diz a lenda que o Boto é capaz de fazer as meninas donzelas se apaixonarem por ele perdidamente. Esses relatos são comuns não só entre os Potiguara, mas também em todos os lugares em que o boto vive.
O que pouca gente sabe e que o boto já foi índio moço e formoso de grande bravura, que se apaixonou pela índia mais bela de sua aldeia, a qual desprezou o seu amor. O jovem índio desgostoso da vida, incompreendido em seu amor, em uma noite de lua cheia, fez um pacto entregando–se ao mar, transformando–se em boto.
Deste dia em diante nunca mais o boto quis saber de amar ninguém verdadeiramente e, nas noites de lua cheia, ele volta à fisionomia de homem belo e moço, fazendo muitas mulheres se apaixonarem por ele, levando-as, em seguida, para o mar, a fim de viver com ele. As moças seduzidas pelo boto acabam se afogando; outras são engravidadas pelo boto sedutor, que depois disso nunca mais as procura. Por isso, ao se encontrar com o boto nos braços da maré ou em oceano aberto cuidado para não se apaixonar por ele. Pois o boto e um eterno sedutor atrás de donzelas.

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